Posso começar dizendo que… eu só queria ser amada e aceita.
A partir daí comecei uma jornada para fora. E fui tão longe que me perdi!
Esqueci do porque estava fazendo tudo que eu fazia, não sabia porque eram tão
importantes as conquistas, mas acreditava que eram muito importantes e por
acreditar tão forte, comecei a achar que era isso o meu desejo mais profundo. E
continuei, achando que estava fazendo o certo… Tinha todas as certezas! E como
toda a certeza, me deixou mais inflexível, de certa forma mais ignorante e cada
vez mais distante de mim mesma.
Não sei bem
quando foi o primeiro passo que dei para fora, mas sei bem que caminhei pra
caramba depois deste primeiro. E neste caminho fui adquirindo conceitos ao meu respeito, fui criando metas a
cada ano, fui em busca de algo, que não sabia o que era e nem onde estava... E
claro, me perdi!
E depois,
me perdi mais ainda ao continuar caminhando. Ficava insatisfeita e mudava tudo. E claro na mudança a gente se ocupa bastante. O tempo passa e de repente tudo
de novo. Me perdi tantas vezes, que acredito ter me perdido de estar perdida.
Não restou outra opção, fazer o caminho de volta. E vou encontrando partes
minhas deixadas pelo caminho, quase como pistas, em pontos de paradas, onde
achava estar retomando o rumo e o prumo. E agora, na verdade, me deparo com mais
uma versão de mim mesma perdida. Para alguém cheia de convicções e verdades é
bem duro ver tudo isso se desmanchar. Nada era real, pelo menos não para o meu
espirito, para minha alma. Fui tão longe da minha verdadeira essência, que descobri
que não me conheço bem ou, simplesmente que não me conheço. É um pouco
assustador ver que não estava disponível para mim mesma.
Mas como
tudo na vida tem uma saída, a minha é voltar para o objetivo inicial, ser amada
e aceita. Fui descobrindo que ser amada é um sentimento, um estado do ser e não
alguma “coisa” que possa ser adquirida, comprada, conquistada ou até mesmo
ganhada. Não está disponível como um objeto ou meta a ser alcançado. É SER! Ser
pelo próprio ser. E pra minha própria loucura e busca, ser não está fora e sim
dentro, bem dentro! E pela primeira vez sinto e acredito que está aqui, comigo
a chave para esse encontro. Eu ainda não me conheço bem! Eu não sei exatamente
o que eu quero. Eu não sei se não me perderei novamente ou quantas
vezes ainda me perderei, para retomar o passo.
Talvez seja
essa a jornada... se perder, para depois se achar e voltar a se perder! E com
isso, ir descobrindo os altos e baixos da vida, aprendendo a se sentir um pouco
mais, uma hora se esvaziando totalmente e outra hora se preenchendo de si
mesmo. Ou os dois ao mesmo tempo.
O ser amada
e aceita tem toda a minha atenção neste momento. Talvez agora eu só precise
encabeçar a lista de desejos com essas duas palavras e depois descrever através
do meu SER, como eu quero e o que quero fazer. E me parece muito justo, que a
voz da vontade à ser ouvida, seja a da minha alma. Além do mais esta vida... é a
minha!
Eu ainda
não me conheço bem, mas a cada dia que me pergunto: Quem sou eu? Ou O que eu
quero? Sinto que a comunicação vai ficando mais leve, mais fluída e mais
amorosa. A cada dia sinto mais amor por mim mesma. E as perguntas vão ficando
mais doces. Não estou mais me exigindo respostas, estou me abrindo para me
escutar... E a cada vez que solto um pouco mais o controle dos “deveria”, vou
baixando a cabeça em reverencia ao meu EU, a minha divindade e claro ao
universo!
Ainda não
me conheço bem, mas o universo conhece e conhece tão bem, que quando me
distanciei de mais, me deu a oportunidade de parar e voltar. Então, com muito
amor a mim mesma, posso afirmar que estou fazendo o caminho de volta,
encontrando pistas que fui deixando pelo caminho e descobrindo que sou muito
amada. Com isso, vou me aceitando! Descobrindo alegremente, que a minha versão
original é e sempre foi a melhor. A cada contato comigo mesma, me emociono... é
de fato fantástico me conhecer. E estou grata por isso, por tudo...
Então... PRAZER
EM ME CONHECER!